Paul Cézanne
Pintor francês, nasceu a 18 de janeiro de 1839, em Aix-en-Provence, no sul de França, e morreu a 22 de outubro de 1906, na sua cidade natal. Filho de pais abastados, estudou em Aix - onde conheceu e se tornou amigo de Émile Zola - e em Paris, onde teve os primeiros contactos com artistas impressionistas como Camille Pissarro e Henri Matisse.
A maturidade artística de Cézanne foi lenta. Embora não recusasse os aperfeiçoamentos alcançados no domínio da pintura, e designadamente na cor, pelos impressionistas, não se sentia atraído, como Degas ou Monet, por exemplo, pela captação de um momento fugaz. Procurou assim combinar as suas conceções sobre a cor com uma estrutura mais sólida do espaço pictórico. A composição da Natureza Morta com Cesto (1888-1890), nas suas numerosas versões, tomou alguns anos de estudo. Tentou sugerir o volume, não através de jogos de luz, como era de tradição desde Giotto, mas usando a própria cor. As diferentes tonalidades fazem avançar e recuar o espaço, o que permite estabelecer uma sucessão de planos que modelam as massas dos objetos. Nas versões de A Montanha de Santa Vitória, retirou da paisagem os elementos necessários de modo a formar uma "arquitetura", uma composição estruturada que propõe um todo coerente.
Aplicou os mesmos princípios à figura humana em As Grandes Banhistas (1898-1905), constituindo uma composição geométrica - as árvores estabelecem um esquema triangular juntamente com o grupo de banhistas e os dois grupos de mulheres formam dois novos triângulos dentro do anterior. As próprias banhistas veem as suas formas estilizadas e geometrizadas, tal como um tronco de árvore na montanha de Santa Vitória ou uma maçã nas naturezas mortas.
Cézanne baseou a sua busca num postulado: o de submeter os dados do real ao objetivo da pintura e não o contrário. Aqui começa toda a aventura da arte moderna, que passa pela integração da natureza fundamental do objeto e das virtualidades pictóricas que esse objeto encerra. O mesmo é dizer, vê-lo não na sua particularidade, mas na sua essência.
A maturidade artística de Cézanne foi lenta. Embora não recusasse os aperfeiçoamentos alcançados no domínio da pintura, e designadamente na cor, pelos impressionistas, não se sentia atraído, como Degas ou Monet, por exemplo, pela captação de um momento fugaz. Procurou assim combinar as suas conceções sobre a cor com uma estrutura mais sólida do espaço pictórico. A composição da Natureza Morta com Cesto (1888-1890), nas suas numerosas versões, tomou alguns anos de estudo. Tentou sugerir o volume, não através de jogos de luz, como era de tradição desde Giotto, mas usando a própria cor. As diferentes tonalidades fazem avançar e recuar o espaço, o que permite estabelecer uma sucessão de planos que modelam as massas dos objetos. Nas versões de A Montanha de Santa Vitória, retirou da paisagem os elementos necessários de modo a formar uma "arquitetura", uma composição estruturada que propõe um todo coerente.
Aplicou os mesmos princípios à figura humana em As Grandes Banhistas (1898-1905), constituindo uma composição geométrica - as árvores estabelecem um esquema triangular juntamente com o grupo de banhistas e os dois grupos de mulheres formam dois novos triângulos dentro do anterior. As próprias banhistas veem as suas formas estilizadas e geometrizadas, tal como um tronco de árvore na montanha de Santa Vitória ou uma maçã nas naturezas mortas.
Cézanne baseou a sua busca num postulado: o de submeter os dados do real ao objetivo da pintura e não o contrário. Aqui começa toda a aventura da arte moderna, que passa pela integração da natureza fundamental do objeto e das virtualidades pictóricas que esse objeto encerra. O mesmo é dizer, vê-lo não na sua particularidade, mas na sua essência.